7 Livros para superar o fim do relacionamento
Recentemente uma amiga passou por um rompimento no relacionamento, e me pediu algumas sugestões de livros que pudessem ajudá-la a superar esse momento difícil. E para a surpresa de ambas as partes, eu não pude fazer nenhuma recomendação de leitura, simplesmente porque nenhum título veio a minha mente naquela hora.
Minha falta de resposta ao pedido dessa amiga, me alertou que talvez eu tivesse pouco domínio sobre o assunto, e encarei o fato como mais uma oportunidade para pesquisar e aprender. Afinal, todos nós já passamos por isso… Aquele momento bucólico em que você se vê com uma cerveja na mão (ou um pote de sorvete) e uma caixa de lenços ao lado, meio que sem saber o que fazer da sua própria vida.
Talvez nem todos os livros aqui sugeridos sejam especificamente sobre o ‘fim de relacionamentos’, mas ainda assim, de certa forma são obras que contém inspirações que podem fomentar a sua sabedoria nessa passagem complicada da vida.
✔ Quando termina é porque acabou, de Amiira Ruotola-Behrendt e Greg Behrendt

A primeira metade do livro funciona como um guia do que não fazer. São oito capítulos, nos quais o leitor encontra, além das dicas, relatos de situações parecidas com a que ele está vivendo ou até piores, em forma de cartas respondidas na seção Confessionário psicótico. Entre os preciosos conselhos, destacam-se: como fazer para não afastar os amigos, que são fundamentais nesse momento; fugir da tentação de utilizar a comida ou a bebida para compensar a frustração; manter-se no emprego e não forçar encontros aparentemente casuais com o (a) ex.
Na segunda parte, que tem o sugestivo título de A superação em grande estilo, estão os sete mandamentos que irão ajudar você a sair dessa: não o (a) veja nem fale com ele (ela) por 60 dias; arrume um (a) amigo (a) de fim de relacionamento; livre-se de tudo que é dele (dela) e de todas as lembranças dele (dela); levante o rabo da cadeira todos os dias; não vista o fim do seu relacionamento para sair pelo mundo; nada de recaída e não vai funcionar se você não for o centro das atenções. Cada passo dado é um avanço em direção ao resgate da auto-estima (Editora Rocco).
✔ O Amor é Fogo, de Nora Ephron

O alter ego de Nora Ephron é Rachel Samstat, profissional bem-sucedida que descobre, no sétimo mês de gravidez, que o marido está tendo um caso com Thelma Rice, uma pessoa inacreditavelmente alta, com um pescoço tão longo quanto um braço, um nariz tão longo quanto um polegar e pés que mais parecem pranchas de tão grandes. Para completar, ela ainda ouve o marido confessar o amor que sente por esta outra mulher e sua intenção de pedir o divórcio tão logo o bebê nasça. Este é o mote da narrativa, nitidamente inspirada no relacionamento de Nora Ephron com o jornalista Carl Bernstein. O resultado é um exercício fino de ironia, uma das marcas da escritora e uma das mais celebrada roteiristas das comédias românticas de Hollywood (Editora Rocco).
✔ Alta Fidelidade, de Nick Hornby

Para encarar as dificuldades, ele vai se deixar guiar pelas músicas que deram sentido à sua vida e descobrir que a estagnação não o tornou um homem sem ambições. Seu interesse pela cultura pop é real, sua loja ainda é o trabalho dos sonhos e Laura talvez seja a única ex-namorada pela qual vale a pena lutar.
Um romance sobre música e relacionamento, sobre as muitas caras que o sucesso pode ter e sobre o que é, afinal, viver nos anos 1990. Com rajadas de humor sardônico e escrita leve, a juventude marinada em cultura pop ganhou aqui seu espaço na literatura. Este é um retrato do homem contemporâneo sem ruídos, um retrato em alta fidelidade (Companhia das Letras).
✔ Uma História de Amor Real e Supertriste, de Gary Shteyngart

A compulsão consumista corre desbragada, a última moda são os sutiãs Saaamis, que deixam os mamilos à mostra. No campo tecnológico, iPhones e notebooks foram substituídos por um único aparelhinho: os indefectíveis apparats, que tudo sabem e tudo veem. Aponte-o para alguém, e descobrirá desde a nacionalidade dos seus pais até as suas últimas compras, passando pelos seus coeficientes de personalidade e de sensualidade.
Neste cenário, Lenny Abramov é um anacrônico, quase inverossímil. Filho de imigrantes russos, à beira dos 40 anos, é dono de uma careca e de um índice de massa corporal que só servem de chacota para os mais jovens. Ainda teima em ler livros, conhecidos como trava-portas, objetos considerados repugnantes pelos seus contemporâneos. Não é nada hábil com seu apparat, confunde-se com as inúmeras siglas que representam as gírias mais cool, e mantém um diário – provavelmente o último a ser escrito – onde descreve suas trapalhadas e seu sentimento de incompatibilidade com o mundo. Não bastasse tudo isso, ele ainda por cima comete a obsolescência de se apaixonar perdidamente, como nos velhos tempos.
No livro, as páginas do diário de Lenny são entremeadas pelas mensagens que Eunice troca com sua família e amigos via GlobalTeens. O despojamento e a futilidade da moça, profundamente contrastantes com o texto romântico de Lenny, vão cedendo lugar, aos poucos, a um tipo de insegurança que também soa profundamente antiquada à sua época. E é daí que surge, com as sutilezas indispensáveis a uma grande obra literária, o elo improvável entre os dois protagonistas (Editora Rocco).
✔ A Visita Cruel do Tempo, de Jennifer Egan

Bennie Salazar é um executivo da indústria fonográfica. Sasha é sua assistente cleptomaníaca. E é a partir da história desses dois personagens que Jennifer Egan retrata, em uma narrativa caleidoscópica, a passagem do tempo e a transformação das relações. Da São Francisco dos anos 1970 até a Nova York de um futuro próximo, a autora cria um romance de estilo ímpar sobre continuidade e rupturas, memória e expectativas.
Surpreendente, A Visita Cruel Do Tempo combina diferentes pontos de vista sobre histórias que se entrelaçam de maneiras inesperadas. Ao longo dos sabores e dissabores da vida dos personagens, Egan traça um interessante e envolvente panorama sobre crescimento, perda e ambição e sobre o que acontece entre o que esperamos de nossa vida e o que se torna realidade (Editora Intrinseca).
✔ É Assim que Você a Perde, de Junot Diaz

Tudo começa com a menina Magda, traída por ele apesar de ser seu primeiro e verdadeiro amor, e culmina na mais recente traição do personagem que é perturbadora para Yuniur, que fica abismado com sua própria canalhice (Editora Record).
✔ Os Olhos Amarelos dos Crocodilos, de Katherine Pancol

Apesar da invejável condição financeira, Iris não é feliz. Seu casamento, em particular, é motivo de desgosto constante. A irmã não tem dúvidas de que ela e seu marido, Philippe Dubin, vivem presos a um regime de aparências. Já Joséphine, em meio às dívidas que sustenta, expulsa de casa o marido desempregado, que a traía com uma manicure.
Certo dia, em um jantar de alta classe, Iris inventa que é escritora. Para sustentar a mentira e criar uma nova imagem, pede ajuda a Joséphine: a irmã escreveria um livro, depois assinado por Iris, que lhe daria o dinheiro relativo à publicação. Recém-separada e cheia de dívidas, Joséphine aceita. Ao longo dos dois anos seguintes, a vida das duas irmãs vai mudar completamente em função desta decisão. Com muitos diálogos e conflitos, as histórias que se seguem à farsa promovida pelas irmãs revelam a dificuldade em sustentar a mentira de ambas, em meio às demais histórias de suas famílias. Os olhos amarelos dos crocodilos exibe uma saga familiar que vai de Paris à África, apresenta vários personagens fascinantes e tenta responder a velha pergunta: afinal, o que determina o sucesso de alguém? (Editora Suma de Letras)
Veja Também: