7 Livros que celebram o prazer de se estar sozinho
Se você é daqueles que concordam com Sartre quando ele escreveu que ‘Inferno são os outros’. Do tipo que se sente melhor sozinho do que cercado de gente e define a solidão como a sua melhor amiga, eu posso dizer que te entendo perfeitamente.


✔ A Arte de ser Desagradável (Jim Knipfel)
Delinquência juvenil. internações psiquiátricas. tentativas de suicídio. anos e anos se dedicando a infernizar a vida alheia. Após muito tempo chafurdando na merda. Jim Knipfel conclui. com doses altas de piadas de mau gosto e teor alcoólico elevado. que não vale a pena passar a vida sendo um babaca. E apesar de todo o vandalismo. dos furtos. da tentativa de incêndio criminoso. das brincadeiras cretinas. não se arrepende de nada do que fez (exceto talvez ter recusado o trabalho de dublagem para um comercial de fraldas geriátricas).
Neste livro, o autor se debruça sobre a questão da alma e descobre que a decadência pode ser evitada – seu novo credo, que chama de Budismo para Cachaceiros, oferece salvação a ateus do mundo inteiro. O autor conclui, nesta obra com piadas de mau gosto, que não vale a pena passar a vida sendo um imbecil. (Editora Bertrand Brasil)
✔ Cartas de Amor aos Mortos (Ava Dellaira)
Alguns segredos só conseguimos contar aos nossos maiores ídolos. Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop, apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era: encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um, é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho. (Editora Seguinte)
✔ On The Road (Jack Kerouac)
Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.
A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX (Editora L&PM).
✔ Tudo que você não soube (Fernanda Young)
Neste romance, Fernanda Young troca o humor ácido por um tom amargurado para contar, em primeira pessoa, a história de uma mulher sem nome que escreve ao pai moribundo, com quem não fala há anos. Tudo que você não soube traz o conteúdo dessa longa carta, na qual a personagem faz um resumo detalhado da sua vida, dividida entre o desejo de chamar a atenção do homem que a colocou no mundo e a vontade de chocá-lo com suas revelações.
Em uma narrativa sem ordem cronológica, a protagonista traça um parâmetro entre seus traumas de infância e a mulher que se tornou: sóbria, dissimulada e imersa em um poço de desamparo e solidão, embora as aparências mostrem alguém que leva uma vida normal. Na maior parte do tempo, ela tem uma rotina de luxo ao lado do marido e dos filhos, mas, durante as madrugadas, se dedica a examinar o passado e mexer em feridas ainda abertas (Editora Ediouro)
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