7 Livros sobre prostitutas e o baixo meretrício
Mulher da vida, meretriz, cortesã, desfrutável; há muitas formas ‘delicadas’ para se etiquetar essa que é a profissão mais antiga do mundo, e certamente o grupo social mais marginalizado na história da humanidade. Ainda assim, as prostitutas também serviram como musas para uma série de personagens bem complexos. Muitos autores buscaram inspiração na vida difícil das ditas ‘mulheres fáceis’ do baixo meretrício. Alguns procuraram inspiração até mesmo entre seus decotes. Para um escritor, descrever a prostituição é uma ação envolvente que pode revelar muito sobre a dinâmica dos gêneros.
Sabemos que este é um assunto que cabe uma discussão bem maior do que o espaço limitado das páginas de um livro. E o nosso intuito com essa lista de obras não é criar um inventário nem fazer qualquer crítica ao tema mencionado. O objetivo aqui é que esse seja um ponto de partida para leitores e escritores que desejam explorar as diferentes perspectivas desse assunto que ainda permanece como um tabu para muitos segmentos sociais.
Se você já tem maturidade suficiente para lidar com este tópico, confira abaixo alguns dos melhores livros sobre prostituição.
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Nessa sua trajetória, Violet acredita que, se conseguir todas as respostas a essas suas dúvidas, conseguirá superar seus maiores e mais complexos problemas – como a superação da dor por ter sido abandonada pela mãe e se separado da filha, Flora -, amar e ser amada de verdade. Tendo como pano de fundo os acontecimentos históricos que marcaram a vida dos habitantes de Xangai, esse romance revela uma história marcada por traumas gerados pelo preconceito, diferenças culturais e a dor das separações. Mas também mostrará que o amor entre mãe e filha sempre supera os obstáculos e ajuda a vencer a batalha da vida. (Editora Planeta)
✔ Chamada Perdida, de Michael Connelly

✔ Eny e o Grande Bordel Brasileiro, de Lucius de Mello

Esse curioso paradoxo é contado de forma romanceada pelo jornalista Lucius de Mello, que, com uma prosa fundamentada em entrevistas, material iconográfico com e em jornais e revistas, apresenta com riqueza de detalhes a trajetória da ‘Casa da Eny’ – como era conhecido o bordel dessa famosa personagem de alcova.
Belas garotas, com seus ‘corpos violão’, e homens célebres, entre eles artistas, empresários, políticos e até religiosos, circularam pelos salões, quartos e festas do endereço luxurioso e fizeram a fama do lugar, cujo cotidiano e segredos são revelados em Eny e o Grande Bordel Brasileiro. (Editora Planeta)
✔ Pétala Escarlate, Flor Branca, de Michel Faber
Sugar é uma jovem prostituta do bordel de Sra. Castaway que almeja uma vida melhor. Encantadora, ela conquista os homens com malícias na cama e conversas inteligentes. Em pouco tempo seu cliente William Rackham, um magnata da indústria do perfume, se apaixona e a convida para ser preceptora de sua filha. Impulsionada pela paixão, Sugar começa a ascender e a conquistar seu lugar na sociedade.
A obsessão, a embriaguez e a hipocrisia da aristocracia inglesa do século XIX servem como cenário para este romance arrebatador. Com uma narrativa refinada, Michel Faber conquista o leitor a cada página e o conduz a um passeio histórico pelos bordéis, tavernas e luxúria da Inglaterra de 1875. (Editora BestBolso)
✔ Pagando Por Sexo, de Chester Brown

Nos 33 capítulos do livro, Brown narra suas experiências com cada uma das 23 prostitutas com quem saiu (uma delas, aliás, ele identificou com dois nomes diferentes). Ele dá detalhes das características físicas e do desempenho sexual de cada uma (embora nada que possa comprometer o anonimato delas) e acaba se tornando um expert no assunto, aprendendo como chamar uma prostituta, quanto dar de gorjeta, quais jargões da área etc.
O amor romântico? Não existe. Pagar por sexo é melhor. Realizado e emocionalmente impassível, Chester Brown, um dos monstros sagrados da HQ moderna, se revela em um relato cheio de detalhes, provocativo e irreverente da sua experiência com prostitutas. Feliz em pagar por sua felicidade. (Editora WMF)
✔ Toque de Veludo, de Sarah Waters

Logo é notada pela atriz e se torna sua camareira, iniciando com ela uma delicada relação na qual desejo e cautela se mesclam na rotina de apressadas trocas de roupa e velada intimidade. Assim, quando Kitty é convidada para se apresentar em outro teatro, Nancy não hesita em abandonar sua casa e tomar um trem para longe de tudo o que lhe é familiar. O que a espera do outro lado dos trilhos é o frenético mundo teatral da Londres vitoriana, e uma vida que jamais teria imaginado para si mesma.
Morando juntas em uma casa cheia de artistas, elas se tornam amantes, e logo Nancy troca os bastidores pela ribalta. Rebatizada como Nan King, ela não poderia desejar mais: o sucesso, o assédio e o amor parecem inalteráveis. Mas seu mundo desmorona quando Kitty decide se casar com um homem, lançando-a em uma existência solitária e libertina, na qual ela testará os limites do erotismo e lutará para reencontrar o amor.
Ambientado na Londres do final do século XIX, Toque de veludo expõe corajosa e febrilmente as subversões políticas, sociais e sexuais de mulheres que ousaram seguir os próprios desejos. (Editora Record)
✔ O Enterro da Cafetina, de Marcos Rey

Como diz o autor, “são homens e mulheres que param nos bares, restaurantes, inferninhos, cabarés, boates e em certas casas onde tudo se tolera”, por vocação ou erro de educação, dor de cotovelo ou outra dor qualquer, vagabundagem. A noite paulistana, seus mistérios e misérias, faz a unidade de O Enterro da Cafetina, atando os sete contos entre si e formando um grande painel.
O que contam essas histórias? Coisas terríveis que acontecem na noite, como diz a Bíblia, mas também casos surpreendentes, quase patéticos, insuspeitas generosidades. Noitadas de amigos, regadas a muito álcool, que terminam de forma trágica; o gigolô bem-sucedido, homem de muitas mulheres, apaixonado por uma moça de família, a quem auxilia financeiramente; a morte e o enterro retumbante da velha cafetina; jogos de sedução em que cada um procura lograr o outro; a ação de guerrilheiros mais ou menos trapalhões; um caso de ciúmes neurótico; o redator alcoólatra lutando pela sobrevivência.
Com um texto fluente, enxuto e domínio absoluto do conto, Marcos Rey acompanha com naturalidade e sarcasmo, por vezes zombeteiro, as pequenas odisseias de suas criaturas, trituradas pela cidade grande, incapazes de encontrar um sentido para a vida e se lixando para isso, interessadas apenas em viver o imediato. Como autênticas criaturas da noite. (Editora Global)
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