Uma esmolinha por vaidade.
12 de novembro de 2010
Primeiro Caso:

-Infelizmente o dinheiro que a gente tem aqui é só pra consumo próprio.
-Quem sabe depois que acabarmos com essa deliciosa picanha acompanhada de farofa, fritas, arroz, feijão e vinagrete que você está vendo a mesa, não pensamos em pedir para o garçom fazer uma “quentinha” pra você…
Segundo Caso:
-Boa tarde… alguns dos senhores sabe ler?
-Han?
-Alguns dos senhores sabem ler?
-Bem,..podemos tentar.
-Por favor, leiam esse bilhete.
“Eu poderia estar matando, poderia estar roubando, mas estou aqui humildemente pedindo uma ajuda em nome de Deus para comprar leite para meu irmão que não tem as duas pernas, minha mãe tem câncer , e eu tenho que cuidar de toda a minha família sozinho”
-Infelizmente meu amigo, você veio pedir ajuda pra pessoa mais ferrada da mesa, eu to bebendo aqui as custas dela,…
-E como eu estou tendo que pagar a parte dele infelizmente o leite do seu irmão vai ficar pra próxima amigo.
Terceiro Caso:
-Perdoem a minha abordagem, mas eu não vou tomar o tempo dos senhores com mentiras, vou ser sincero, eu não quero voltar pra minha terra, não estou com fome, não quero ajudar nenhum parente enfermo, e graças a Deus eu não tenho nenhum filho pra criar. O que eu queria mesmo é uma contribuição de vocês para completar o dinheiro da cachaça.
-Opa! Pra cachaça eu dou. Toma aqui!
-Já passaram várias pessoas por aqui e o senhor foi o único que apresentou um argumento válido para eu abrir a carteira.
Lembram de uma época em que flanelinha era considerado apenas um bico e um enorme inconveniente? Hoje eles são profissionalizados, com uniforme, EPI (Equipamento de Proteção Individual), e se bobear ganham mais que você.
Eu não creio que pedinte esteja muito longe disso.